unhappy.

Eu fico criando mentiras para fingir que estou bem. Nesse momento são mentiras acima de mentiras que se criam, apenas para encontrar uma válvula de escape e tentar acreditar que minha vida pode ser melhor, que um bom final de semana irá justificar todas as outras merdas que eu tenho que encarar. Acordei de um sonho tão horrível essa noite, uma representação tão cruel da realidade que me deixou assim. No sonho eu era excluído, por tudo e por todos. Deixado de lado, fazendo eu ter que me retirar para sempre da vida dessas pessoas. Isso doeu. Doeu porque eu sei o quanto isso dói, been there, done that. Eu provei sexta o que meus medos se concretizavam: De novo eu estou completamente sozinho, não importando quantas bocas eu beijei ou quantas pessoas eu falei. Na realidade isso não importa. Pessoas são seres fúteis, que não se importam com nada e não sabem o quanto dói para quem está de fora, vivendo uma vida medíocre e aproveitando as sobras de tudo. Eu queria poder aproveitar a vida como uma pessoa de 21 anos normalmente aproveita – não lotando um blog com textos depressivos -, quero sair, encher a cara, ficar chapado. Quero beijar, transar, me apaixonar, me foder, e não necessariamente nessa ordem. Quero sair desse lugar, dessa vida. Quero arriscar, mudar, mas o medo é presente e ele me domina com todas as forças que consegue, me deixando estagnado no mesmo lugar apenas pensando, pensando e pensando que nada muda e tudo fica a mesma coisa. Afinal, o que eu quero? Por qual motivo o medo domina? As coisas poderiam ser diferentes se eu quisesse, mas novamente, eu sinto demais, e sei que tudo pode dar merda. O sonho mostrou isso.

Foi vívido. Eu estava ali, eu queria chamar a atenção daquelas pessoas desesperadamente, eu precisava de um apoio de um modo para me sentir bem, e era ignorado, excluído. Nem quem dizia estar ali por mim, realmente estava. Todos apenas queriam me ver longe, sem mais ser um problema, um calo no pé de todo mundo. Ninguém quer beijar esse garoto. Ninguém consegue se apaixonar por ele. Ninguém o quer.

E, é assim, que eu vivo.

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