stars.

Você conhece um número finito de pessoas no decorrer da sua vida, do mesmo modo que você olha para um número infinito de estrelas até o dia que você fecha os olhos para sempre. Estrelas e pessoas ligadas em uma analogia que é fácil de fazer: Algumas pessoas são como estrelas, lindas de ser olhar, porém, isso não quer dizer que você conseguirá tê-la, ou deva se aproximar. Uma estrela é inconstante, sua luminosidade pode se acabar a qualquer momento, e, você deve estar ciente que ela brilha, mas não unicamente para você. A problemática com pessoas e estrelas é que, como qualquer outra coisa na vida, elas deixam de existir sem algum motivo aparente. Quando o sol se levanta, as estrelas somem, lhe deixam sem ter algo pelo qual ansiar, e você aguarda o retorno dela, pelo mesmo motivo que você espera uma pessoa: A desistência não parece ser uma opção. Você quer que no outro dia, aquela estrela esteja lá para poder cortejá-la do modo que você sabe como deve ser feito. Amá-la. Sentir seu calor próximo ao seu, e, a melhor sensação que você pode ter ao encontrar uma estrela, poder dizer que ela é sua. Uma estrela unicamente sua, que vai iluminar seus dias e você poderá sentir o brilho saindo dela, te dando um caminho para seguir, deleitando-se em seus prazeres, mesmo que seu toque, lhe queime. O limite do masoquismo que você encontra no anseio de possui-la irá, dentre todos os fatores possíveis, te levar a um limite acima do topo, e quando você perceber o quão incansável seu desejo é, você terá que engolir e aceitar que as estrelas foram feitas para ficarem em seu lugar, brilhando para os outros, e não para você.

Um sentimento de dor e pesar é gerado a partir disso, onde você cai em realidade e percebe que nada vai mudar, e a culpa não é sua. A culpa é das estrelas. Soa irônico pensar dessa forma, e levar isso a outro patamar apenas irá lhe prejudicar. As estrelas não te levam ao céu, nem mantém sua cabeça nas nuvens, elas apenas prendem você ao desejo de possuí-las, o desejo ínvio, impenetrável, inatingível, confuso e incompreensível. A sensação após a perca não é desoladora, quando você pensa dessa forma: A forma que ter uma estrela é inviável, é a culpa de desejar uma não é sua. As estrelas fazem que você sinta esse desejo, porém a sua intenção é extravagante, arrebatadora e egocêntrica. Elas se alimentam do seu ego para poder continuar brilhando, tiram o seu próprio brilho para uso próprio, e utilizam isso com voracidade e sadismo, sem se importar com quão gélida sua vida vai ficar.

A tenacidade de suas palavras não corresponde com seus atos levianos.

O que deve se saber sobre a perca de uma estrela, é simples: Ela não é a única no céu. Existem outras para serem admiradas, com cautela, ou talvez, você chegue a se queimar por outra estrela novamente. Persistir no erro é capricho. Aprender com ele, é gnose.

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